
Lucas : Quando e por quais motivos você resolveu se aderir ao movimento hc/straight edge ?
Luciano : Eu sou do ABC e curtia punk e metal nos anos 80, por causa do skate eu fui me interessando mais pelo punk e hardcore e na época tinha um programa de rádio na falecida 97 fm, o independência ou morte comandado pelo saudoso redson do cólera e o tatola do não religião, ai comecei a me aprofundar mais, gravava os programas e depois ia atrás das bandas, depois comecei a tocar com uns amigos da escola, mas nada sério e íamos a shows também. No começo dos anos 90 comecei a tocar em bandas mais seriamente e frequentar a cena underground, pois naquela época as coisas eram meio misturadas, graças a estes contatos vi que tinha um grupo de pessoas que tinha ideias parecidas com a minha, pois não considero o straight edge um movimento, é uma idéia, talvez uma filosofia de vida para alguns e ai comecei a frequentar os shows, conhecer pessoas trocar informações, até formar bandas com esses caras.
Lucas : Como era o movimento naquela época?
Luciano : Era uma época que não tinha internet, então as informações você conseguia indo atrás mesmo, tipo uma banda algum amigo que descolava algum lp ou cd gravava alguma fitinha k7, pra comprar material tinha que escrever por carta para os selos ou distros através de catálogo e tal. normalmente as pessoas e bandas você conhecia por fanzines ou indo a shows, depois a internet chegou e facilitou algumas coisas, mas ao mesmo tempo tirou um pouco do romantismo da coisa, pois está tudo pronto, a disposição, hoje o cara sabe o que esta "pegando" nos estados unidos ou Europa rapidamente e a coisa fica meio descartável.
Lucas : Existe muita diferença entre a cena dos anos 90 e a cena atual ?
Luciano : Acho que sim, a cena estava sendo construída ainda então teve muita coisa boa e muita merda também. Era uma época que todo mundo se conhecia pela cena não ser tão grande e era muito envolvida com política e direito dos animais, pois a base da cena straight edge daqui veio da juventude libertária. Por não ter muito contato com cenas de fora a gente tinha uma cena bem particular também e isso fez a diferença pras bandas brasileiras lá fora e as primeiras bandas que visitavam nosso país, tipo a gente não era apenas uma versão tupiniquim de certas bandas e cenas e sim tinha algo a acrescentar. Hoje a cena esta estruturada mas esta muito mais "musical" do que por idéias ou questionador como era antes. hoje ser punk/hardcore parece mais um rolê em que alguns se cansarão logo mais, mas acho que isso é um ciclo e sempre vai ter gente que vai continuar e fazendo as coisas acontecer.

Lucas : Quantas e quais bandas você já teve ?
Luciano : Bom, já toquei em muitas bandas, algumas fizeram poucos shows e não gravaram nada, mas as mais conhecidas foram o Bandanos, Point of no Return, Good Intentions, Inspire, Sight for sore eyes, Prime mover/stage diver, além de quebrar um galho em shows para algumas bandas de amigos.
Lucas : E o Bandanos, acabou mesmo? por quais motivos ?
Luciano : Não acabou, eu deixei a banda ano passado por não conseguir mais conciliar as coisas como trabalho e família, pois o Bandanos tocava muito e eu também estava ficando cansado pois eu tocava direto em bandas quase 20 anos. Esse ano a banda deu tempo mas fizemos uns dois shows de reunião meses atrás e foi legal. Recentemente conversamos e a banda vai continuar mas eu não vou seguir com eles pelo mesmo motivo, eu não gosto de fazer coisas só por fazer e acho egoísmo ficar segurando os caras, que estão num pique e eu em outro.
Lucas : Qual sua preferida Bandanos ou Point of no Return ?
Luciano : Ah banda é como filho, gosto das duas e pirei em tocar nelas, e graças a elas fiz muita coisa legal como conhecer pessoas, se educar, viajar, conhecer nosso país e o mundo, experiências que só o punk/hardcore pode proporcionar a você.
Lucas : Dessas bandas que têm surgido agora,qual tem te chamado tem te chamado atenção ?
Luciano : Eu não tenho ouvido muita coisa nova mas das bandas que tem aparecido gosto do Still Strong, Ralph Macchio, Final Round, Violent Illusion.
Lucas : O que tem programado para o futuro ? algum projeto ?
Luciano : Por enquanto nada novo, continuo com o Inspire, que não é muito ativa, toca pouco e não tem muita obrigação como banda, talvez gravaremos alguma coisa ano que vem, pois temos algumas músicas novas além da demo e temos vontade de registrar isso.
Lucas : Deixe um recado pra galera
Luciano : Obrigado a todos que leram e a você Lucas pelo espaço. Continuem na luta mantendo a cena viva, indo a shows, tocando em bandas, fazendo blogs/zines, amizades e considerem o vegetarianismo!
Luciano : Eu sou do ABC e curtia punk e metal nos anos 80, por causa do skate eu fui me interessando mais pelo punk e hardcore e na época tinha um programa de rádio na falecida 97 fm, o independência ou morte comandado pelo saudoso redson do cólera e o tatola do não religião, ai comecei a me aprofundar mais, gravava os programas e depois ia atrás das bandas, depois comecei a tocar com uns amigos da escola, mas nada sério e íamos a shows também. No começo dos anos 90 comecei a tocar em bandas mais seriamente e frequentar a cena underground, pois naquela época as coisas eram meio misturadas, graças a estes contatos vi que tinha um grupo de pessoas que tinha ideias parecidas com a minha, pois não considero o straight edge um movimento, é uma idéia, talvez uma filosofia de vida para alguns e ai comecei a frequentar os shows, conhecer pessoas trocar informações, até formar bandas com esses caras.
Lucas : Como era o movimento naquela época?
Luciano : Era uma época que não tinha internet, então as informações você conseguia indo atrás mesmo, tipo uma banda algum amigo que descolava algum lp ou cd gravava alguma fitinha k7, pra comprar material tinha que escrever por carta para os selos ou distros através de catálogo e tal. normalmente as pessoas e bandas você conhecia por fanzines ou indo a shows, depois a internet chegou e facilitou algumas coisas, mas ao mesmo tempo tirou um pouco do romantismo da coisa, pois está tudo pronto, a disposição, hoje o cara sabe o que esta "pegando" nos estados unidos ou Europa rapidamente e a coisa fica meio descartável.
Lucas : Existe muita diferença entre a cena dos anos 90 e a cena atual ?
Luciano : Acho que sim, a cena estava sendo construída ainda então teve muita coisa boa e muita merda também. Era uma época que todo mundo se conhecia pela cena não ser tão grande e era muito envolvida com política e direito dos animais, pois a base da cena straight edge daqui veio da juventude libertária. Por não ter muito contato com cenas de fora a gente tinha uma cena bem particular também e isso fez a diferença pras bandas brasileiras lá fora e as primeiras bandas que visitavam nosso país, tipo a gente não era apenas uma versão tupiniquim de certas bandas e cenas e sim tinha algo a acrescentar. Hoje a cena esta estruturada mas esta muito mais "musical" do que por idéias ou questionador como era antes. hoje ser punk/hardcore parece mais um rolê em que alguns se cansarão logo mais, mas acho que isso é um ciclo e sempre vai ter gente que vai continuar e fazendo as coisas acontecer.

Lucas : Quantas e quais bandas você já teve ?
Luciano : Bom, já toquei em muitas bandas, algumas fizeram poucos shows e não gravaram nada, mas as mais conhecidas foram o Bandanos, Point of no Return, Good Intentions, Inspire, Sight for sore eyes, Prime mover/stage diver, além de quebrar um galho em shows para algumas bandas de amigos.
Lucas : E o Bandanos, acabou mesmo? por quais motivos ?
Luciano : Não acabou, eu deixei a banda ano passado por não conseguir mais conciliar as coisas como trabalho e família, pois o Bandanos tocava muito e eu também estava ficando cansado pois eu tocava direto em bandas quase 20 anos. Esse ano a banda deu tempo mas fizemos uns dois shows de reunião meses atrás e foi legal. Recentemente conversamos e a banda vai continuar mas eu não vou seguir com eles pelo mesmo motivo, eu não gosto de fazer coisas só por fazer e acho egoísmo ficar segurando os caras, que estão num pique e eu em outro.
Lucas : Qual sua preferida Bandanos ou Point of no Return ?
Luciano : Ah banda é como filho, gosto das duas e pirei em tocar nelas, e graças a elas fiz muita coisa legal como conhecer pessoas, se educar, viajar, conhecer nosso país e o mundo, experiências que só o punk/hardcore pode proporcionar a você.
Lucas : Dessas bandas que têm surgido agora,qual tem te chamado tem te chamado atenção ?
Luciano : Eu não tenho ouvido muita coisa nova mas das bandas que tem aparecido gosto do Still Strong, Ralph Macchio, Final Round, Violent Illusion.
Lucas : O que tem programado para o futuro ? algum projeto ?
Luciano : Por enquanto nada novo, continuo com o Inspire, que não é muito ativa, toca pouco e não tem muita obrigação como banda, talvez gravaremos alguma coisa ano que vem, pois temos algumas músicas novas além da demo e temos vontade de registrar isso.
Lucas : Deixe um recado pra galera
Luciano : Obrigado a todos que leram e a você Lucas pelo espaço. Continuem na luta mantendo a cena viva, indo a shows, tocando em bandas, fazendo blogs/zines, amizades e considerem o vegetarianismo!
Abraços
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